lanco uma pedra ao ceu porque quero um sinal.
No tempo que espero a queda,
a tua agua seca
e as minhas libertacoes prendem-se
`a verdade que pousa no teu peito.
Fico numa poca onde as linhas da tua cara
sao invertidas, desfocadas.
Nao sou falcao.
Nos meus olhos tens a dimensao do universo
e tu nao passas de um bocado condensado
das minhas aguas.
Nao te quero chorar.
Abres as comportas da minha cara,
deixas-te escorrer.
Nao percebo porque largas a corrente
que sou eu.
Rachei a tua forma perfeita e delicada.
O sinal recebi-o encharcada,
por te tentar pegar.
Agora sou as pegadas de uma praia vazia.
Ja nao me molhas.
Nem gotas tenho para derramar.
O silencio deixou-se ouvir.
A musica acabou cedo demais.
