quarta-feira, abril 20, 2005

sou um astro relativamente pequeno

A minha mao em mim
sente-se tao pouco...
tem medo de percorrer a pele,
do frio que se solta em cada suspiro,
em cada poro,
do vento que sobe e que desce
das tempestades dos meus olhos...
A minha mao em ti
sente-se tanto...
O quente que deitas para o ar,
a musica que expiras
cada gesto, movimento, pensamento...
Particulas insipidas, insignificantes
sinto-as como se fossem minhas,
como se fosses meu...
E eu estou no ca no alto.
Tu chamas e gritas e choras.
Dancas e choras e amuas.
Sentas-te e ajoelhas-te no chao
e eu nao me importo, nao olho.
Queres saber como me sentes,
ao que te saibo...
Tocar na minha luz
Enrolares-te nos meus raios
Brilhar como eu... comigo...
E eu sou so eu.
E eu sou mais eu.
Eu sou um astro relativamente pequeno...
Desculpa.

2 comentários:

Anónimo disse...

lovely dear:)

isabel mendes ferreira disse...

...e o brilho dos astros pequenos também pode iluminar esta terra tão árida às vezes...