Preciso de fatias temporais agarradas,
presas na minha anca.
Planto raizes e cor,
desprendo toda a agua que visto pela manha.
Aguardo o amadurecimento soculento do meu sumo.
A minha voz `e como as sombras de uma arvore
que o teu vento nao consegue apagar.
O corpo move-se mas nao se desfaz.
Nao ha forca.
`E pequeno o teu vento. Como o meu bolso.
Como a laranja que tinha gomos de tempo.

9 comentários:
Provas a laranja, comes a laranja, devoras a laranja, engoles a laranja.
E quem até à última gota deste modo bebe há-de amadurecer na certa. Oh, e que doçura assim terá quem o sumo suculento provar!
Bom dia, menina laranja!
Vai um suminho sereno?
oh...entao nao vai? :)
beijo grande!
Estou a precisar de um bocadinho do teu sumo. Faltar-te-á aqui um bocadinho amanhã, mas sei que não te importas.
Eu cortaria ainda cada gomo em fragmentos de tempo. Por vezes, no mesmo gomo, há lados mais ou menos amargos. E dizemos o mesmo de uma única laranja com os seus diversos sabores, provocados por variados gomos. É bom, por vezes, haver brisas que não permitem que apaguemos de vez esses sabores.
Gostei muito do post (como sempre!)
Beijaumm
E existe melhor corzinha do que laranja sobre preto?
boa noite sereno. fiquei com a porta. obrigada. é linda.
Sumarento poema, gostei do seu "sumo". Cumprimentos.
...quase toda a companhia é tb companheira da solidão não é T? tudo bem por aí? um destes dias breves tenho uma "porta"....(**).
cada tempo tem o seu tempo, cada tempo tem o seu sentido e a sua emoção, umas vazam com o tempo, outras ficam temporárias, o tempo da tua laraja será eterno...
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