quinta-feira, junho 09, 2005

Asas precisam-se

Um fantasma rasgou-me as asas, amarrotou-as.
Escondeu-as no jardim do passado.
Nao tenho tomado conta de ti.
Tantas vezes me pediste para te ver dormir,
tinhas medo da noite.
E eu encolhia-me contigo para te sossegar.
Desenhamos mundos que ninguem vai conhecer.
Colava sonhos na parede e tu
pegavas desejos de embalar.
Do tecto estrelas caiam em chuva cadente
mesmo por cima da tua cabeca.
Os pequenos simbolos do teu medo
andavam pelo chao, sozinhos.
Colecciono pecas dobradas com o teu rir,
as nossas lembrancas.
Dizia-te das nuvens, do nevoeiro, da terra molhada
e tu nada perdias.
Aceitavas e pregavas no corpo
a vontade que tenho de te abrir.
O vento arde quando caminho pelo teu sabor.
Esperas-me ate poder voar?

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4 comentários:

Azulencias disse...

Divinal.
Beijo meu.

Dinamene disse...

Minina Sereno, o vento há-de ajudar, oh se há-de!
Bjo.

isabel mendes ferreira disse...

estou aqui. não estou. ando a voar.para fingir que parto.

Unknown disse...

Sereno, sabes que implicitamente me fizeste recordar o meu irmão? Tocaste-me muito, querida amiga. Adoro-te.
Beijaumm grandeee