quarta-feira, dezembro 07, 2005

seis vontades de rir

Sao trinta e sete estrelas no parapeito da tua janela, oito passaros no passeio, catorze flores a fechar e cinco ondas a rebentar na minha cara.
Tres liberdades de expressao, cinco sonhos esquecidos, uma joaninha morta no meu quarto e seis invernos passados no jardim.
Quatro vozes na tua cabeca, tres gotas de perfume, um livro sem fim, dez coisas em que me tranformei e vinte dias para comecar.
Nove quadros por pintar, um seculo que chega atrasado, dois violinos no chao e sete gemidos no meu peito.
Mas nada disto nos define.

Image hosted by Photobucket.com

3 comentários:

paulo disse...

Acabas de inventar a matemática dos afectos, onde se pode contar pelas mãos e pelos pés, e onde as contas, a darem certas, não deram de propósito, só por um acaso de encontros próprios ao desencontro que é esta aritemética descentrada do eu e reduzida, após provas do número que apeteça, aos noves fora tudo primário, secundário, terciário, sei lá fiquei sem dedos, perciso de um ábaco de contas sem conta.

isabel mendes ferreira disse...

a indefinição dos afectos é talvez a única estrada que nos permite chegar. a eles. os afectos. beijos.

hfm disse...

Gostei de ler. Muito.