sexta-feira, dezembro 09, 2005

era uma vez um homem que largou as flores

Ontem na minha rua, todos os passaros deixaram de ser azuis. E o ceu nunca mais se viu vermelho.
Ontem na minha rua, a chuva deixou de ser cafe. E o chao nunca mais se viu de vidro. Ontem na minha rua, todos os candeeiros deixaram de guiar a luz. E os meus dedos congelaram.
Ontem na minha rua, ninguem apanhou as estrelas que pocuravam alguma boca aberta. E no lugar delas nunca mais se viu a entrada do mundo.
Ontem na minha rua, coisas estranhas aconteceram.
Coisas estranhas fazem-me confusao.
Ha dois dias, um homem largou as flores porque eram pesadas demais e a minha rua mudou.
Faz todo o sentido, entao.

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3 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

"estupidamente bonito"....e largo-me aqui. para as receber. beijos.

Azulencias disse...

Tiamu.
:)

banalidadesdebase disse...

encontrei uma perola bonita,neste texto e andei mais abaixo e gostei tanto...um sabor uma textura que atrai!
merci por isso!