segunda-feira, março 27, 2006

Hoje no cafe, pedi um cappuccino. E veio com amor.
Vinha embrulhado em plastico e quase que derreteu com o calor da chavena.
Era um amor de chocolate.
Bebi o meu cappuccino, saborei cada gole como se fosse um beijo molhado. Quente e espumoso.
Agradeci com os olhos `a menina que me serviu. Mas ela nao percebeu. Parece que esta linguagem dos olhos nao `e facil porque `e falada baixinho. No entanto fico tranquila por ter agradecido. E triste por nao ter sido ouvida.
Como o amor que ela me deu. Quase derretido, deixo-o desfazer-se suavemente na lingua e ate retardo o prazer de o engolir.
Porque nao resisto a esta efemeridade, nao sei.
Devo estar mesmo seca de amor, porque pedi outro. A menina estranha, mas volta a servir-me um amor de chocolate.
Que linda a menina que tem como servico servir amor.
Nao sei se o faz com prazer. Nem deve ter nocao disso. Se soubesse, dancava enquanto o fazia.
Eu sei que dancava!

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3 comentários:

paulo disse...

Andei quase todo o Inverno agarrado ao chocolate quente; ainda ando, mas já não o bebo; decidi mudar.

Quimera disse...

Bem, a nossa vontade é dizer que se sentes tantas emoções com um capuccino, é porque nunca bebeste uma litrada de cerveja! Mas não dizemos, porque depois de um texto tão bonito como o teu, até fica mal!
Simplesmente excelente :)
Beijinhos pá nossa correspondente :)

Anónimo disse...

imprimi de tão belo,apreciei muito o texto...por mais simples toda atividade deve ser realizada com muito libido,né...? gostei mesmo. até.......