sexta-feira, outubro 07, 2005

As cordas da boca ecoam.
Ambíguas maltratadas, enroladas na saliva cansada e mole.
Ecoam mortas e venenosas.
A saudade hoje é um sofá. Um sofá e um telefone e outras coisas que se ouvem muito alto. Mais longe. Mais inventadas. Nao sei ler as rugas vermelhas que se afundam no fundo das outras caras. Lixa-se a pele, mas nao apaga. A omissao das palavras é uma pintura espalhada pelas paredes do corpo. Um bocadinho abstracta. Nunca muda. Quando a boca fecha o corpo fala. A garganta transborda outras vontades. Outras cores. Outros satelites. Outras maneiras. Caminhos a seguir ao contrario. De cima so se desce do avesso, de tecido na pele com a etiqueta de fora. Russo e gasto perde linhas do teu aroma. Fugiram a brincar pelas curvas da perplexidade.
Olha,caiu um mar no copo dos teus olhos e um passaro também.
Mas a vontade de voar nao se afogou. Encolheu. Relativamente.

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6 comentários:

Azulencias disse...

"...caiu um mar no copo dos teus olhos e um passaro também."
:)

Jez disse...

olá! =]]
obrigada por ter passado no meu também, passarei por aqui mais vezes também!
você escreve muito bem!
=**

Dinamene disse...

Voa, não percas as asas, e faz da água dos teus olhos um oceano de maravilhas. ;)

isabel mendes ferreira disse...

saudade. e mt. bom.bjos.

isabel mendes ferreira disse...

sempre. é a saudade que nos segura.

moon between golden stars disse...

E poder voar nesses mundos sempre mágicos...

Um abraço