ja nao sou vermelha.
Nem ca dentro nem la fora.
Deixei o meu vento passar,
com ele foi-se a cor.
Um tumulto de silencios guarda lugar
na minha cabeca.
Dobro-me no nada e um sopro foge
para onde a sombra reflecte o inexistente.
De cor palida recomeco o meu mapa,
as areias vao ter de esperar.
Tenho o sabor triste de cores sumidas.
Fiquei num lado aberto para onde ja nada cai,
as teias nao se deixam soltar.
O peso dos sentimentos prende o corpo ao chao.
Estou oca e presa. Nunca voei.

5 comentários:
lindo....bjo.
«Aboaste» sim, senhor, ora não querem lá ver! E hás-de «aboar» de novo, ora essa! Toca a arrebitar.
Beijo.
Continuo a espera...
Assim sigo na miragem desta luz escassa
Imóvel nas minhas teias incubadoras
Sem esperança de renascer
Visitado por vagos fantasmas luminosos
Desobedecido de minhas mãos
Incapaz de voar o futuro céu
Isto escrevi a algum tempo. Ao ler-te lembrei-me. É mais comprido, o poema. A sensação parece-me equivalente. A mim passou. A ti vai passar.
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